domingo, 5 de junho de 2011

Lagoa, Sábado, Dia

Um Jogo de palavras


As palavras num jogo

Um jogo de palavras

De cabeça quente corpo frio

De corpo frio cabeça quente

Entrar no jogo sem poder sair

Viajar no corpo encantar o frio

Sem medo de poder sentir

Com coragem pra se manter aqui

A viagem começa, nossa história termina

Todos os dias, em outas épocas

Tudo termina, outros começam

Mas agora inicia

Com novas conversas

Com velhas palavras

Usando outras frases

Com novas mentiras

Repetindo as mesmas palavras

De cabeça quente corpo frio

Um olhar sombrio, uma lua branca

Meu sentido vil

Esperanto não é esperança

Tranca, larga, consome, viaja

Mas um vento vazio entrando na porta

Lembra que um dia existiu

Um corpo sublime numa voz profana

Macio, ama, luta, chora, engana

Antes sincero agora pilantra

Terminando o que não tem fim

Acabando o que não tem

Esperando, mas acabando

Mentindo e se enganando

Sem saber, sem poder saber

Querendo entender, por quê?

Quem, onde, qual

Viu? Hã? O quê?

Despedindo, expandindo, calando, sentindo

Uma hora na rua agora em casa

As palavras transcendem a raça

As palavras são duras, o coração despedaça

Pobre, tadinho

Sem poder reagir

Batendo num corpo frio de cabeça quente

Encarando o papel, a caneta

E agora um olhar

Que despedaça tentando, que ameaça olhando

Destrói construindo

Imaginando, viajando

Esquecendo, saindo

Balança, cansa, vai indo...

Vai indo...

(Diego Fortunato Raimundo)

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